Saturday, November 29, 2008

palavras

Palavras que não percorrem o ar, silenciosas e ausentes. A ele custa a encarar, não é bem encarar, acaba por ser uma vontade de querer uma acalmia aparentemente muito distante. Face a sete anos já passados, e com uma volta ao mundo em atraso, são muitos os bocados que acabam à deriva da azáfama citadina. Sempre sem perceber o aquilo que por lógico se apresenta como possibilidade de ser o percorrer de uma solução só para ele não evidente, acaba muitas das vezes a tentar melhorar o que podia ser uma harmonia. E toda a mudança num sistema em equilíbrio, inevitavelmente obriga a colisões. Mais uma pensa ela, olhando para ele após um choque em cadeia.

E na declaração amigável, qual pacto selado, gravado e apostado num lance de acaso, rodou, e em vez de esperar que o exército metropolitano, ditador e normalizador de uma sociedade unicolor o levasse nos braços para ser engolido a um ritmo marchante, decidiu tentar fazer alguma diferença.

E ele e ela aceleraram.