Saturday, February 10, 2007

Are you sure you want to delete this post?

a small quote do livro que estou a ler

(...) não volterei a morrer no corpo do único homem que me abriu no corpo a passagem secreta para a morte (...)

és imortal? já me perguntei se valeria a pena o ser.
és real? já me perguntei se o voltarias a ser.

A morte faz nos sempre questionar o nosso lugar. Estaremos nós aqui?
É normal que para alguns, mais terrenos, menos esquecidos, as coisas tenham sempre um período temporal passado bem definido. Mas quando a mescla de dias passados desaparece como quem se esquece? Fogem as imagens, ficam os sons, somem-se as pessoas, permanecem as sensações. Real ou imaginárias, se quase tudo já pode ser simulado? E interessa?

Admito que pus o quase para não chocar.

Quero-te percebes? É assim...

Na impossibilidade de um olhar, prefiro um suspiro.
Na infantibilidade de sonhar, prefiro um amigo
Simples, crueis e reais,
Não passam de palavras e ideais

Chora,
Faz-me sentir bem
e Eu levo-te
só Ali Além



7 comments:

H said...

goût de toi, goût très de toi, beaucoup de baisers grands, que demain beaucoup, tu je les donnerai

il a une excellente nuit ;)

Anonymous said...

Não acho que a morte nos faça questionar o nosso lugar. Não tenho dúvidas que estou aqui… acho no entanto que o facto de existir uma morte nos obriga a dar valor à nossa existência e visto esta ser tão breve força-nos a transformá-la no melhor percurso possível, não?

Gostei desta imagem – “Fogem as imagens, ficam os sons, somem-se as pessoas, permanecem as sensações.” – Resume bem a vida… é portanto importante procurar captar as melhores imagens e cativar as melhores pessoas para que a vida tenha um sentido e valha a pena vive-la :p

E acho que o “quase” não está a mais… e ainda bem que não está ;)

H said...

A mim faz-me sempre questionar se o que faço e o ritmo a que o faço tem sentido. Um stopper no tempo. Flashbacks analíticos.

Agora a duvidar se estou aqui. Existem diferenças acordado ou a dormir? Uma estalada a conduzir é antes ou depois de adormeceres? Tens os olhos fechados ou abertos? Como saber se algo existiu se não já não sabes se existe? Porque não fruto de imaginação. Se eu não me lembro que existiu, quem me diz que sim? Num sonho passa-se isso, logo pode ter sido mais uma passagem efémera por um deles!

Eu acredito que tudo pode ser simulado. Acredito que podemos reduzir o comportamento humano a um resultado de fórmulas matemáticas com os genes como varíaveis independentes. As variáveis dependentes somos nós. Se houver aquele input, há aquele output. O número de inputs pode não ser conhecido pelo homem actual, ou por outras palavras infinito. Porque ninguém se deu ao trabalho ou porque não temos capacidade para o entender. E quem diz os genes diz a partícula indivísivel por detrás deles.

é uma questão de tempo.

meanwhile,
let's enjoy it with ours eyes wide open

Anonymous said...

Acho essa visão matemática muito simplista e pouco colorida da “coisa”, acho que não podemos reduzir tudo a uma fórmula em que só entramos com os genes como variável independente e nós como a dependente… nesse caso gémeos idênticos com a mesma carga genética teriam o mesmo comportamento e isso não se verifica, certo? Pessoas que recebem o mesmo input tem outputs diferentes. Há todo um outro número monstro de variáveis que torna impossível arranjar uma fórmula para o comportamento humano… e ainda bem!!!

É por isto que discordo quando dizes que tudo pode ser simulado, cada indivíduo é único e por mais que se estude ele há-de ter sempre comportamentos que não podemos prever e que nos vão surpreender…

H said...

Na minha opinião existe uma fórmula actualmente não conhecida nas quais são utilizadas varíaveis dependentes indivísiveis, muito possivelmente constituintes dos genes. Mas a descoberta da previsibilidade dificilmente nos irá acontecer, porque acho que pura e simplesmente não temos essa capacidade. É como jogar xadrez sabendo todas as possibilidades, só que em análise comportamental essas possibilidades ainda não são conhecidas, para além de ainda serem ligeiramente infinitas.

O interesse na teoria das cordas é dirigido pela grande esperança de que ela possa vir a ser uma teoria de tudo.


Nós somos as nossas experiências. E se souberes a base, adicionares as experiências, tens a pessoa no actual. Como vais reagir é uma questão de cálculo.

Mas se entrares em conta com todas as possíveis mutações, there you go, a magical formula for a non-magical world! One for each living being :)

Como não temos esse conhecimento, esta visão matemática tem a cor que quisermos.

Anonymous said...

estás-me a dar razão :p
"não temos esse conhecimento" "porque acho que pura e simplesmente não temos essa capacidade", logo nem tudo pode ser simulado... :)

Tu achas que a fórmula não é conhecida, mas eu continuo a achar que ela não existe...

(em relação ao link não o consigo abrir neste pc. fica p dp)

H said...

ups, não vi que o link estava errado :o

O interesse na teoria das cordas é dirigido pela grande esperança de que ela possa vir a ser uma teoria de tudo.